terça-feira, 16 de abril de 2013

ALGUMAS COISAS DEVERIAM SE MODERNIZAR


Outro dia estava vendo em um noticiário a respeito de uma cirurgia mais que ousada. Digo mais que ousada pelo fato do médico estar em um lugar e o paciente em outro completamente diferente. Isso mesmo que você leu, não houve contato algum entre o médico e o paciente. Não, o paciente não portava nenhuma doença terrivelmente contagiosa, os cientistas só estavam testando máquinas precisas guiadas por computadores e através da internet para fazer cirurgias.

Achei incrível e me vi desejando que, tal modernidade, crescesse tanto quanto a internet. Já pensou daqui há alguns anos? Os pacientes que precisarem de uma cirurgia no exterior, não precisarão sair de seus países para salvarem suas vidas, vão depender apenas de um ótimo computador e de uma ótima conexão.

E falando em conexão... Vocês já pararam para pensar o quanto cresceu a rede de computadores em tão pouco tempo? Hoje é uma importante ferramenta de trabalho, lazer e de amigos. Quem poderia imaginar que o mundo se tornaria menor do que já é? Lembro de minha época de escola, onde tinha que pegar um ônibus para ir a biblioteca, copiar ou xerocar páginas e mais páginas para fazer um trabalho escolar.

Atualmente, basta pesquisar no Google e pronto, seu trabalho escolar já está feito (não basta copiar ou imprimir os textos é preciso ler para aprender, até os professores usam o Google também). Costumo dizer que o Aurélio, meu amado dicionário de bolso, que já não sei mais por onde anda, é o Avô dos burros, pois hoje em dia, o papel de pai dos burros é representado pelo Google.

Ele seria como o Oráculo de Apolo da atualidade, ou melhor, como as Bruxas Estigeanas. Tudo o que precisar saber, qualquer  duvida, basta perguntar ao Google. E olha que são feitas cada pesquisa que pelo amor viu... São diversos assuntos, de perguntas extremamente filosóficas até “como posso saber se sou gay?”.

Ah, esse fantástico mundo cibernético! Me recordo, de há muitos anos atrás, em uma excursão escolar, ter visitado a Estação Ciência no bairro da Lapa. Lá existia uma máquina, com teclado e uma tela verde, parecia um fliperama. Havia uma fila imensa de crianças para usá-la. Curioso, parei para descobrir o que chamava atenção de tanta gente. Quando chegou minha vez de testá-la, notei que aquela máquina permitia conversar com outras pessoas que possuíam um computador em casa.

Para um garoto de vida simples, aquilo pareceu o final do mundo, eu poderia jurar que o armagedon estava para acontecer. Dito e feito, quando acabou  meu tempo, não queria desgrudar magnifica invenção. Foi preciso que o professor viesse e me arrancasse de lá.    Fazer o quê? É a vida... Mal sabia eu, naquela época, que estaria sentado em minha casa, com um notebook, acesso à internet banda larga, com Facebook, Youtube e minha noiva ao lado assistindo um anime enquanto come a sopa que preparei... Ela diz que está deliciosa, infelizmente, não posso provar...

Não posso provar por que tenho que fazer um exame amanhã. Ou melhor, vários exames. Um deles, infelizmente, é o de fezes. Estou escrevendo tudo isso, pois acabei de vir do banheiro e, sinceramente, foi muito constrangedor. Acreditam que ir escondido, pois queriam até filmar a cena. O motivo deste novo post é justamente para isso, para contar sobre meu constrangimento.

Aí você para e se pergunta: mas o que tem a ver o cu com a internet? E eu respondo: tudo. Meu, inventaram uma forma de operar uma pessoa lá nos cafundós do Judas. É possível ver a birosca da Terra pelo Google Earth. Podemos ver fotos aéreas de muitos lugares que já foram mapeados. Podemos fazer parte de uma rede social e ter um milhão de amigos. Podemos ter todas as respostas do mundo em um só clique (menos como ganhar dinheiro sem fazer nada).

E te pergunto: com tantas coisas assim, como ninguém, até hoje, decidiu modernizar a coleta de dejetos humanos para exames? Será que sou só eu que acho terrivelmente desagradável enfiar uma pazinha na merda e depois coloca-la em um recipiente que mais parece uma chupeta?

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