quarta-feira, 16 de março de 2016

TÃO BOBINHO ESSE MENINO

             Para Henrique tudo era novidade. Isso aconteceu há muito tempo atrás, quando a maioria das conexões com a internet eram discadas. Eram lentas e terríveis, mas o som da placa Fax modem havia cativado os ouvidos atenciosos do rapaz que, para se conectar um pouco com o cyberspace, precisava esperar pelo fim do expediente.
             Seu chefe não se incomodava, pelo contrário, às vezes o constrangia vendo suas conversas por cima de seu ombro com algumas risadas esporádicas e comentários aleatórios. Aquilo incomodava Henrique, mas, aquele universo era por demais fantástico para deixar algo como aquilo o incomodá-lo a ponto de desconectar.
             – Você já pensou em ser psicólogo, Henrique? – Perguntou seu chefe certa vez. – Você leva jeito conversando com as pessoas.
Ele apenas acenou com a cabeça, sem dar muita atenção, agora estava conversando com uma garota que aparentemente parecia bem interessante e que, aparentemente havia gostado dele da mesma forma. Seu chefe ficou excitado com aquela pessoa também e a cada frase trocada ele se aproximava cada vez mais, Henrique começava a sentir aquele bafo quente em seu cangote. Algo que o incomodava, mas por causa da hierarquia e pelo fato de estar na empresa, depois do expediente e ainda navegando na internet...
Por sorte, seu chefe acabou indo até a cozinha e, inesperadamente a garota com que conversava disse que tinha que ir embora, o que deixou Henrique ligeiramente chateado.
– Ah, que pena... – Confessou Henrique. – A conversa estava tão bacana...
Tb achei. – teclou a garota de onde quer que ela estivesse. – Mas está ficando tarde e tenho que ir, mas... – Henrique olhou pela primeira vez no relógio do computador e assustou-se com as horas. Não tinha nem notado que a garota ainda lhe respondia. – Então... Tá afim de continuar conversando? Um pouco só tá... Toma cerveja? Me encontra em tal barzinho na estação Armênia. Até lá.
Quando Henrique voltou os olhos para a tela, já era tarde, ela já havia saído da sala. O que ele fez logo nos próximos segundos. Desligou o computador, se despediu de seu chefe que o olhara sem saber o que estava acontecendo e logo, Henrique estava pegando o metro para seu primeiro encontro via internet. Como era o primeiro, nem pensava na possibilidade das coisas não serem como imaginava, tudo que sentia era aquele rufar de tambores no peito.
Conseguiu chegar ao bar depois de meia hora e, depois de uma ligeira olhada, avistou a garota da internet sentada em uma das mesas. Não tinha como errar, por ser plena segunda-feira, o bar estava completamente deserto, a não ser por ela. Henrique entrou, se apresentou e esperou o convite para se sentar, o que ela fez logo após dar uma olhada atenta para ele.
– Obrigado pelo convite. – Disse Henrique para quebrar o silêncio, ambos se olhavam, ambos haviam curtido o que viram. – Espero não ter demorado tanto para chegar... Trabalho um pouco longe daqui.
– Sem problemas. – Respondeu a garota de cabelos e olhos negros. – Mas não poderei demorar muito, ou seja, duas cervejas no máximo, tudo bem?
Henrique concordou, não havia muito para ser dito naquele momento, ou estava realmente com pressa ou usara apenas um subterfugio para sair de fininho. Mas, decidiu não se importar com isso e continuou na dele. Na quarta cerveja, a conversa estava bem animada, então a garota olhou para o relógio e se levantou, alarmada.
– Meu Deus... Perdi noção do tempo... Preciso ir.
Henrique pagou a conta e juntos saíram do barzinho. Era uma noite bem agradável.
– Obrigado mais uma vez pelo convite. – Disse, Henrique evitando olhar para a garota. – Foi um ótimo bate papo.
– Sim... – Concordou a garota para a surpresa do rapaz. – Você foi uma ótima compan... – Ela se interrompeu, mas logo continuou. – Olha, não costumo fazer isso, mas, quer ir pra casa? – Henrique arregalou os olhos. – Não pense besteira. É só para conversarmos mais... Gostei realmente de conversar contigo...
– Tem algum sofá por lá? – Perguntou Henrique querendo deixar claro sua decisão. Ela assentiu. – Então eu topo.
– Que legal. – Festejou a garota. – Mas não é pra fazer nada tá... Só para conversar. – Enfatizou. E Henrique como era um homem respeitador, anotou em sua mente aquela observação.
Foram conversando no caminho inteiro. Não pararam por nenhum momento. Henrique não sabia onde estava se metendo, mas, talvez da mesma maneira que a garota, ele simplesmente acabou confiando. Depois de muitos semáforos, minutos, risadas e alguns olhares nos olhos esporádicos, eis que chegam ao condomínio que a garota morava. Na conversa, Henrique acabou sabendo que ela tinha um filho, que morava sozinha e essas coisas.
Ao chegar à casa da garota, comeram uma pizza, Henrique conheceu alguns parentes que moravam próximos e que trouxeram a filha da garota. Ela já estava dormindo e Henrique e a garota ficaram a vontade na sala. Conversavam sobre informática, sobre as ferramentas da Microsoft, programação e sobre designers.
Depois de terem visto tudo que podiam no computador, sentaram-se no sofá e a garota acabou deitando a cabeça no colo de Henrique. Era para ser algo inocente, isto é, se a garota não estivesse colocado a cabeça sobre quem não podia. Henrique se empertigou em seu lugar assim que sentiu o adormecido despertando. Puta merda... pensou ele, ­se ela sentir isso o que vai pensar de mim? Vai começar a gritar: tarado, tarado e ai estarei perdido de verdade...
Com receio da reação da garota, Henrique conseguiu se distanciar e, com uma cara de sono, a garota ergueu-se do sofá e olhou para o rapaz.
 – Acho que vou me deitar. – Ela levantou-se, espreguiçou-se na frente do aliviado rapaz. – Bom, boa noite pra você. Vou trazer algumas cobertas.
Henrique respirou aliviado e foi se arrumando no sofá que tinha mais ripas do que almofadas. A garota retornou de pijama, estava bem mais a vontade com o seu pijama. Ela parou abraçada nos cobertores e olhou por alguns instantes para Henrique, estava pensando em algo.
– Não posso deixa-lo dormir nesse sofá horrível. – Ela virou-se de costas e continuou. – Você vai dormir na cama comigo, mas... – ela se virou e com um dedo em riste seguiu com o sermão. – Vai dormir no outro canto da cama, entendeu?
Henrique assentiu. Ele não estava com interesse nenhum, apesar da acordada inesperada no sofá, até aquele momento não havia pensado em nada. Ele queria respeitá-la, ganhar a confiança, ser alguém diferente, enfim... Mentalmente agradeceu pelo convite, o sofá realmente era muito ruim.
Ele se deitou de calça e tudo, justamente para não correr risco algum e ainda, para garantir, meteu a testa e a ponta dos pés na parede. Desejou boa noite para a garota e ali ficaram por alguns minutos em silêncio. Subitamente, a garota quebra o silêncio.
– Nossa! Como essa cama está gelada...
Isso para qualquer outra pessoa seria o gatilho para se virar no sentido da garota, toma-la nos braços e beijá-la com volúpia e ardor intencional para se levar para a cama, mas na cama já estavam, ou seja, era só virar e pronto, mas... Henrique não era qualquer pessoa e a garota quase havia o feito jurar que não faria nada, foi então que ele respondeu.
– Tá mesmo né... Acho que vou voltar para o sofá. 
Depois desta resposta de Henrique, o quarto mergulhou no silêncio e como já era alta madrugada, ambos acabaram adormecendo. Na manhã seguinte, acordaram atrasados, a garota estava correndo para um lado para o outro e Henrique acabou tomando um banho por lá mesmo. Tomaram café e depois de explicar para ele como ir embora, a garota sem mais nem menos lhe tascou um beijo na boca.
E foi nesse momento que a ficha de Henrique caiu, mas era tarde demais. Falaram de tudo no dia anterior só esqueceram-se de trocar e-mails.

sábado, 27 de abril de 2013

MANUAL BÁSICO DE COMO COLETAR DEJETOS PARA EXAMES

                O que estou prestes a escrever aconteceu com um amigo, não vou revelar seu nome para evitar constrangimentos. E, caso se preocupem com o fato de eu estar revelando detalhes sórdidos de algo que seria melhor ficar na escuridão do silêncio. Não precisam se preocupar pois meu amigo permitiu que escrevesse.
                Estávamos conversando sobre os avanços da tecnologia e também da precariedade da coleta do exame de fezes. Achamos incrível e concordamos plenamente que alguém deveria inventar um método de extração da matéria prima. Então, inventores e mentes iluminadas, ai está a dica para vocês, isso com certeza revolucionará o nosso século.
                Mas, como ninguém inventou, meu amigo começou a me contar (sem eu pedir) como faria a coleta. Disse que sentaria no vaso e depois de fazer, retiraria o material com precisão médica para não tocar. Sem pensar duas vezes, comecei a rir e chamei de “amigo do Zorro”. Disse: Meu, você está louco? A aguinha que fica lá embaixo é cheia de bactérias... Vai alterar sua matéria prima! Ele perguntou: Meu! Então como tenho que fazer para recolher o negócio lá? E foi essa pergunta que inspirou essa nova postagem. Vamos lá então?
                Existem alguns métodos desenvolvidos por mentes inventivas de como recolher matéria prima para fazer o exame de fezes. Vamos conhecer algumas.
                A primeira super dica foi mencionada pela ilustríssima noiva de um amigo meu e você só vai precisar de um jornal e de uma camisa, pano de prato ou qualquer pano que estiver ao seu alcance.
                Com a folha de jornal, forre o chão, (de preferencia para as páginas duplas, além de ser maiores, será mais fácil para unir as pontas e se desfazer da merda toda). Com o chão forrado, dê uma sentada no trono só para inspirar o intestino a liberar a massa. Assim que sentir a cabeça da tartaruga saindo, agache-se no jornal e pense em qualquer coisa, menos em como você deve estar ridículo ali, de cócoras. Saiu a cabeça, use sua força muscular para cortar um pedaço, assim que ele cair, volte para o vaso e termine o serviço.
                Vamos pensar que tudo deu certo, que só saiu o suficiente para recolher e que não saiu tudo de uma vez por causa da posição que se encontrava. Você terminou o serviço no vaso, deu descarga e agora, pegue a camisa enrole no rosto deixando apenas os olhos a mostra, abaixe-se diante do jornal e retire a quantidade necessária, logo em seguida, enrole o jornal e pronto. Jogue no lixo e antes de tirar o pano da boca, espalhe a gosto bom ar pelo banheiro.
                Para o segundo método, você precisará de uma garrafa de dois litros de Pepsi, de uma faca de serra cabo branco da Tramontina, um pano qualquer (camisa suja é melhor ainda, você verá que cheiro de suor é bem melhor), uma colher de plástico de Açai e uma sacola de plástico. Vamos preparar o campo: Pegue a garrafa de dois litros e a faca Tramontina de cabo branco, corte o fundo da garrafa em um lugar distante (se alguém ouvir com certeza o curioso vai perguntar para que esta fazendo aquilo). Com o fundo da garrafa cortada, lave-a bem e depois seque-a da mesma maneira. Deixe a faca na pia para sua mulher lavar e corra furtivamente para o banheiro com os demais objetos.
                Abaixe a calça sentido sul, sente-se e fique com o fundo da garrafa nas mãos, quando sentir a pontinha nascendo, aproxime pela parte de trás com o acessório que tem na mão. Cuidado, não encoste nas bandas, por estar em um momento único, qualquer alteração no ambiente pode fazer o bichinho voltar para dentro. Tente encaixá-lo sem relar e, assim que conseguir, deixe sair um pouquinho e corte-o com suas forças.
                Ele caíra no potinho improvisado. Coloque o pote com a matéria prima ao lado (não coloque na sua frente, pois ficará olhando para ela enquanto termina, e, meu amigo confessou que não é agradável tal visão). Enquanto termina amarre a camisa, limpe o “butico” direitinho (homens para cima e mulheres para cima também), dê descarga, levante as calças e abaixe-se diante de sua obra prima.
                Abra a latinha e faça a transferência utilizando a colherzinha que vem quando se compra Açai. Dê uma atenção especial para esse último acessório com ele não corre o risco de enfiar o dedo na merda, ops, na matéria prima.
                Transferiu com sucesso? Tampe a latinha, enfie o restante na sacola, enrole bem, saia do banheiro correndo e leve os restos para a lixeira mais distante da casa, tire a camisa e pronto. Você recolheu seu exame de uma maneira simples e eficaz.
                Guarde-o em sua geladeira e no dia marcado, leve seu troféu para o hospital que solicitou tal exame. Ao entregar, esse episódio em breve sairá de sua mente. Infelizmente, para o meu amigasso, o da noiva, o pesadelo não terminou. Fica aqui outra dica, guarde-o você mesmo na geladeira, de sua casa de preferência, caso sua noiva ou namorada guardar na geladeira da mãe, tome cuidado, ela pode ficar constrangida com a situação e, colocar a latinha em um lugar tão escondido que nem mesmo você conseguirá encontrar depois.
                Esta aí algumas dicas de alguns amigos que tiveram que passar por isso. Espero que ajude algumas pessoas que não sabem muito a respeito de como proceder com o recolhimento para tal exame da época das cavernas.

terça-feira, 16 de abril de 2013

ALGUMAS COISAS DEVERIAM SE MODERNIZAR


Outro dia estava vendo em um noticiário a respeito de uma cirurgia mais que ousada. Digo mais que ousada pelo fato do médico estar em um lugar e o paciente em outro completamente diferente. Isso mesmo que você leu, não houve contato algum entre o médico e o paciente. Não, o paciente não portava nenhuma doença terrivelmente contagiosa, os cientistas só estavam testando máquinas precisas guiadas por computadores e através da internet para fazer cirurgias.

Achei incrível e me vi desejando que, tal modernidade, crescesse tanto quanto a internet. Já pensou daqui há alguns anos? Os pacientes que precisarem de uma cirurgia no exterior, não precisarão sair de seus países para salvarem suas vidas, vão depender apenas de um ótimo computador e de uma ótima conexão.

E falando em conexão... Vocês já pararam para pensar o quanto cresceu a rede de computadores em tão pouco tempo? Hoje é uma importante ferramenta de trabalho, lazer e de amigos. Quem poderia imaginar que o mundo se tornaria menor do que já é? Lembro de minha época de escola, onde tinha que pegar um ônibus para ir a biblioteca, copiar ou xerocar páginas e mais páginas para fazer um trabalho escolar.

Atualmente, basta pesquisar no Google e pronto, seu trabalho escolar já está feito (não basta copiar ou imprimir os textos é preciso ler para aprender, até os professores usam o Google também). Costumo dizer que o Aurélio, meu amado dicionário de bolso, que já não sei mais por onde anda, é o Avô dos burros, pois hoje em dia, o papel de pai dos burros é representado pelo Google.

Ele seria como o Oráculo de Apolo da atualidade, ou melhor, como as Bruxas Estigeanas. Tudo o que precisar saber, qualquer  duvida, basta perguntar ao Google. E olha que são feitas cada pesquisa que pelo amor viu... São diversos assuntos, de perguntas extremamente filosóficas até “como posso saber se sou gay?”.

Ah, esse fantástico mundo cibernético! Me recordo, de há muitos anos atrás, em uma excursão escolar, ter visitado a Estação Ciência no bairro da Lapa. Lá existia uma máquina, com teclado e uma tela verde, parecia um fliperama. Havia uma fila imensa de crianças para usá-la. Curioso, parei para descobrir o que chamava atenção de tanta gente. Quando chegou minha vez de testá-la, notei que aquela máquina permitia conversar com outras pessoas que possuíam um computador em casa.

Para um garoto de vida simples, aquilo pareceu o final do mundo, eu poderia jurar que o armagedon estava para acontecer. Dito e feito, quando acabou  meu tempo, não queria desgrudar magnifica invenção. Foi preciso que o professor viesse e me arrancasse de lá.    Fazer o quê? É a vida... Mal sabia eu, naquela época, que estaria sentado em minha casa, com um notebook, acesso à internet banda larga, com Facebook, Youtube e minha noiva ao lado assistindo um anime enquanto come a sopa que preparei... Ela diz que está deliciosa, infelizmente, não posso provar...

Não posso provar por que tenho que fazer um exame amanhã. Ou melhor, vários exames. Um deles, infelizmente, é o de fezes. Estou escrevendo tudo isso, pois acabei de vir do banheiro e, sinceramente, foi muito constrangedor. Acreditam que ir escondido, pois queriam até filmar a cena. O motivo deste novo post é justamente para isso, para contar sobre meu constrangimento.

Aí você para e se pergunta: mas o que tem a ver o cu com a internet? E eu respondo: tudo. Meu, inventaram uma forma de operar uma pessoa lá nos cafundós do Judas. É possível ver a birosca da Terra pelo Google Earth. Podemos ver fotos aéreas de muitos lugares que já foram mapeados. Podemos fazer parte de uma rede social e ter um milhão de amigos. Podemos ter todas as respostas do mundo em um só clique (menos como ganhar dinheiro sem fazer nada).

E te pergunto: com tantas coisas assim, como ninguém, até hoje, decidiu modernizar a coleta de dejetos humanos para exames? Será que sou só eu que acho terrivelmente desagradável enfiar uma pazinha na merda e depois coloca-la em um recipiente que mais parece uma chupeta?

sábado, 27 de agosto de 2011

QUEM DÁ NOME AS COISAS AFINAL DE CONTAS...

Queria saber quem batiza algumas criações da humanidade, claro, sabemos que algumas invenções recebem o sobrenome de seus inventores, como acontece normalmente nas vacinas ou nos males que consomem a humanidade, como: mal de Parkison, Alzheimer e Arranhacéu... Isso mesmo, Arranhacéu, será que os prédios com alguns andares a mais receberam esse nome devido ao seu feliz inventor? Os edifícios que vemos por aí, receberam esse nome devido ao fato relacionado aos arranhacéus? Édificil arranhar o céu e por isso colocaram apenas: edifício? E se levantassem um prédio que chegasse até a estratosfera... Seria chamado de Arranhastratosfera? Qual a diferença entre: um prédio, um arranhacéu e um edifício? O número de andares que servem seus elevadores? O elevador do Willy Wonka ia até para os lados...

Mas, você deve estar se perguntando: que raios de postagem é essa afinal de contas? Bom, tudo precisa de uma pequena introdução para se chegar ao clímax, não é mesmo? Isso foi apenas a preliminar para entrar no verdadeiro âmago da questão que venho propor aqui...

Bunda tem dentes? Bunda tem problemas de caries? Gengivite? Precisa de algum canal... Bom, acho que essa última, precisa sim, bunda precisa de um canal, sem um canal a bunda não seria a bunda... Bunda voa? Isso mesmo, bunda voa? Alguém já viu alguma bunda cruzando os ares? Você já deu tchau para alguma bunda que vira passando sobre sua cabeça? Hum, seria um problema, as pombas já são um problema e olhe que elas nem bunda tem... Como seria uma pomba com bunda? Elas não pousariam, quicariam... Mas, voltando ao vôo das bundas... Gilliard, um cantor de meu tempo cantaria: Aquela bunda que passa, lá em cima sou eu...

Eu particularmente nunca vi nenhuma bunda com dentes e por isso pergunto: por que a birosca da calcinha, aquela com um fiozinho atrás que só cobre o rego freitas é chamada de fio dental? O fio dental que conheço é aquele utilizado e recomendado pelos dentistas para uma higiene bocal mais efetiva, para retirar restos de alimento que se alojam entre os dentes um pouco mais espaçados, para tirar aquele pedaço de carne no dia que comeu e não na semana seguinte... Pra que colocar esse nome nesse tipo de calcinha... Eu não entendo... Será que a calcinha fio dental tem como finalidade limpar algo também? Uma bunda coberta por uma tira de pano é uma bunda mais decente? Ou o que importa mesmo é deixar a banda tocar em uma praça apoteótica e esconder atrás das cortinas o cujuntinho, como aquela dupla americana: Milli e Vanilli? Alguém poderia me dizer por que?

Também nunca vi nenhuma bunda voando por ai em céus de brigadeiro, então, por que criaram uma calcinha e a batizaram de asa-delta? Eu já vi algumas por aí, atualmente é bem fácil de ver, basta apenas observar algumas mulheres antenadas na moda... Compram aquelas calças de cintura baixa que ao sentar descem até o joelho e... Surpresa! Ali esta um calcinha asa-delta, ao menos elas encobrem o famoso “cofrinho”, tá aí outro nome estranho para se dar ao meridiano da bunda, afinal de contas, não são as moedas que querem depositar naquela poupança... enfim... Alguns nomes são terrivelmente estranhos e sugestivos, como o cofrinho, asa-delta... Lembrei de um programa que assisti há muito tempo atrás, profissionais do vôo de asa-delta levando as pessoas para um vôo sobre a cidade do Rio de Janeiro, o instrutor ia em cima e o passageiro, em baixo, ou seja, ele ia sendo quase encoxado nas alturas, e, pensando por esse prisma, a calcinha asa-delta pode ser uma mensagem subliminar... isso mesmo, algo que diga para nosso inconsciente que montar em uma bunda pode nos levar as alturas... Não tinha pensado nisso... Acho que quero voar em uma asa-delta...

Outra peça de roupa que ouvi falar esses dias atrás foi a meia soquete... Soquete parece um pequeno soco, ou de socar alguma coisa dentro de algo... Você coloca a meia, não soca a meia... Você soca alguém que se aproveita de um ônibus lotado, o irmão que enche as paciências em um dia que o mar não esta para peixe, ou o namorado que lê esse texto e pede para você deixá-lo dar uma montada em sua asa-delta, claro, sem ela para atrapalhar... ou fazer algum investimento no fundo de ações de sua poupança, para completar uma transação completa e sem muitos prejuízos, claro, prejuízos neste caso para o investidor, pois se o investidor não for daqueles que sabe como investir o seu negócio, é o banco que se f... E, continuando nos pés, as meias que estão na moda, as denominadas de: meias arrastão, isso é nome para se dar às meias? Gente o cérebro funciona por associações figurativas, a própria palavra já diz: figura+ativa, a ligação é imediata, eu lembro daquela época em que o Rio foi assolado pelos arrastões em suas praias... E acabei de pesquisar no pai dos burros da atualidade, no Google e vi que essas meias são sexy, será que seu criador chama-se Arrastão? Por que, sinceramente não entendo por que algo com esse charme chama-se meia-arrastão... E para encerrar, quem foi que começou com essa história que dicionário é o pai dos burros? Quem consulta o velho e bom dicionário quer aprender algo novo, quem quer aprender algo novo não é burro, é uma pessoa que se preocupa em saber um pouco mais... Em se atualizar de alguma forma, hoje em dia as pessoas se atualizam pelo Google, como acabei de fazer, talvez ele seja o novo pai, mas o velho e bom dicionário continuara seu legado, mas como avô dos burros.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

DE QUAL SABOR VOCÊ PREFERE?

Não gosto de criar expectativas quando estamos diante de outro ser humano. Ainda mais quando este ser humano é uma mulher... Não acho as mulheres complicadas, pelo contrário, acho que são os homens que são “complicados” para entenderem este universo completo que as ronda por toda sua existência. Sim, o homem é mais prático, mas nem sempre a praticidade vence a engenhosidade, mas... vamos voltar ao assunto...

Não saio com mulheres achando que terminarei na cama na primeira noite, ao meu ver, é um pensamento depreciativo pois parece que a mulher só tem aquilo para oferecer, quando, na verdade, tem muitas outras coisas, basta apenas saber para onde olhar, ou melhor, querer olhar para todo o restante. Certa vez, li em um livro do Stephen King “A maldição do cigano” uma frase que li repetidamente durante alguns ótimos e duradouros segundos. Tal frase me chocou por dois motivos, um por ser uma palavra que não utilizo em ambientes abertos, pois acho muito deselegante e a segunda, eu acho que jamais escreveria em um de meus livros. A palavra tem seu charme? Sim, tem seu charme, sua magia, mas torna algo tão belo e fecundo em: vulgar. Na minha opinião é claro.

“O que é a mulher além de um suporte para uma buceta”. Desculpa King, mas achei sua frase terrivelmente... Juro que ia escrever de mau gosto, entretanto, me veio uma definição para tal frase: sincera e, devo confessar que escrevo com infelicidade, pois muitos homens acham isso mesmo e, para mim, é um pensamento degradante a mulher ser contida em seu órgão reprodutivo... Uma pena, mas dizem que, com a era de aquário, algumas coisas mudarão, quem sabe as mulheres acabem sendo valorizadas por tudo aquilo que representam e não somente pelo que possuem, acho que, é por causa disso que muitas ou algumas, não alcançam o ápice do prazer numa relação sexual, é preciso uma conexão além da junção carnal, é preciso doar-se para o ato, e isso inconscientemente já é destinado a mulher, pois no coloquial, são elas que dão e os homens que tomam. Aquele que toma, muitas vezes não está preocupado com aquele que possui. Ele tem e para ele já é suficiente. Pois ele invade, ele força, ele tenta fazer-se aceito de alguma forma.

Não sou Santo, cresci sendo Corinthians e hoje só torço as cuecas no tanque mesmo, enfim, como estava dizendo... Não saio por sair e, certa vez, conheci uma garota e decidimos dar uma passeada, tivemos uma noite agradável mas depois de muitos minutos conversando, pulamos todas as etapas possíveis e, como dois adultos resolvidos, já lançamos a real: vamos para o motel e lá comemos. Uma boa idéia, por que não, mas... Estava sem camisinhas e havia visto uma farmácia próxima de onde estávamos. Não sou de andar com camisinhas na carteira, não saio por ai achando que qualquer mulher que encontro na rua vai olhar para minha cara e dizer: Oi, prazer meu nome é Jordanezia. Você tá servido, bem? Claro, não existem muitas Jordanezias por aí, não é mesmo?

Enfim, fui até a farmácia e ao entrar, olhei para os lados procurando pelos pacotinhos pendurados, mas não vi nada, a não ser um balconista mexendo em alguns remédios e uma mulher no caixa... Me senti sozinho para encontrar o revestimento para a ferramenta, com passos lentos fui olhando, observando atentamente estava me sentindo um Lince, mas mesmo assim, não estava encontrando, mas subitamente, encontrei e não sabia se eu ria ou se escolhia uma. Acho que todos já viram uma meia taça, pois bem, havia uma imensa meia taça de metal no meio daquela farmácia e dentro dela, uma quantidade enorme de camisinhas, devo dizer que jamais tinha visto tantas reunidas em apenas um lugar.

Peguei um dos pacotinhos, li a embalagem e ri ao saber que aquela que estava em minhas mãos, era sabor morango, achei muito estranho e peguei uma outra, era um outro sabor, não me recordo qual era. Ri mais uma vez e peguei outro pacote, desta vez era um destinado ao prazer da mulher, outra, para reter o prazer. Fiquei em duvida qual delas deveria comprar... E se ela não gostasse de morangos? Pior, se fosse alérgica e depois da transa percebesse erupções surgindo por toda sua pele? O que ela pensaria de mim? Pô, esse cara só quis me foder mesmo! Mas, depois de muito refletir, acabei escolhendo uma sem qualquer artifício para melhorar o sexo, mas devo dizer que, durante muito tempo, fiquei pensando sobre os sabores dos preservativos... Pra quê alguém escolheria entre uma camisinha sabor limão ou morango ou framboesa, sendo que, nem todas as bocas possuem paladar... Ou possuem e ninguém me contou?

Bom, nos dias de hoje, existem camisinhas para vários gostos e para diversas ocasiões, acredito que tenha alguma exclusiva para o natal, que vem com o saco junto (como se pudessem se separar, um depende do outro), ou uma para a páscoa, isso mesmo, uma camisinha que vem com ovos... até mesmo uma camisinha para o sete de setembro, que vem com o bater de continência... Enfim, é uma necessidade hoje em dia, pois o sexo se tornou algo acessível para todos de uma forma rápida e muitas vezes descompromissada, talvez seja esse o motivo para tanta diversidade, para incentivar as pessoas a se prevenirem ao menos, pois atualmente, sexo pode ser feito sem amor, mas, sem proteção... Ai fica sem amor demais, até mesmo para o proprietário do parque de diversões.

Seja lá qual for sua preferência, não se esqueça, vista o menino ou peçam para vesti-lo, o que, para mim é algo mais inspirativo, pois não quebra o clima, imagina: você lá em plena preliminares de fogo e de repente, você para pra colocar o preservativo, só nisso já perdeu um pouco da empolgação, por isso, parceira, mulher ou seja lá o que for, faça um favor para seu amigo e para si mesma, pois pode parecer que não, mas alguns homens tem medo de perder a continência devido ao tempo para acoplar a proteção e, acreditem, uns ficam tão preocupados com isso que acabam se atrapalhando completamente.

Vista o menino e mergulhe de cabeça, já que as vezes não se pode pelas razões corretas, que seja ao menos consciente.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

AOS QUARENTA... OU MELHOR... QUASE

Mulher é como fusca, forte pra caramba. Nestes 37 anos de vida, nunca vi um fusca completamente destruído por aí, claro, estou falando em acidentes e não em maus tratos. E, a mulher como o fusca, precisa de uma revisão constante, por que o bichinho funciona muito bem, mas para isso, é preciso de muitos cuidados. E a mulher se cuida, e como se cuida... Todos os meses estão indo lá no ginecologista para ver se nada saiu no lugar, estão sempre tocando seus seios em busca de algum nódulos ou corpo estranho que surgiu, claro, não me refiro a possíveis marcas de uma boca insaciável e cheia de desejos que estivera ali poucas horas atrás, enfim, a mulher se cuida e como se cuida, como um fusca deve ser cuidado, por isso que, alguns amigos, quando vêem alguma mulher com aquelas calças coladas, dizem no seu linguajar “homem das cavernas”: Nossa que capô de fusca. Pior que devo confessar que parece mesmo... Lembrando... Hummmm... Mas vamos voltar ao texto...

Mulher se cuida, é um exemplo para nós homens que só vamos ao médico quando estamos morrendo, ou melhor dizendo, quase morrendo... na verdade, nem quase... Sou homem, mas devo confessar que quando sinto dor, pareço mais uma atriz de novela mexicana dando a luz e, acho que a maioria é assim também, claro, duvido quem vá bater no peito cabeludo e dizer: Sim, eu sou tá... Eu também choro com dor de dente... Acho que, essa história de sexo frágil ou sexo forte deveria ser enterrada, pois se não, descobriremos que o estrogênio é mais forte que a testosterona.

Antes que eu seja apedrejado pela sociedade masculina, devo dizer que sou um dos homens que não vai ao hospital. Isso mesmo, só morrendo e mesmo assim, arrastado, contudo, existe um certo momento em nossas vidas que, temos que agir de uma forma prudente, ainda mais quando estamos chegando há uma certa idade, quando se é jovem, nos sentimos o próprio Superman, nada nos atinge, nada nos enfraquece, não apenas a terra como o céu é nosso e somos imunes a doenças sexualmente transmissíveis, por que nada nos acontecerá, como aquele cigarro de curtição, aquela bebidinha básica, afinal, não somos viciados... não nos viciaremos... temos controle de nossa mente... ah tá, mal controlamos a cabeça sem cérebro imagine a que comanda tudo.

Mas, chega um momento na vida de um homem, que ele precisa repensar seus conceitos, que se torna necessário uma ida periódica ao médico: pressão, diabetes, colesterol, artrite, ciatalgia, tendinite, cinomose (me empolguei, desculpa, essa só mata os cachorros... os quadrúpedes e não alguns homens que quando querem uma mulher abanam até o traseiro) e por último, a mais complicada de todas, a que mexe diretamente com o orgulho masculino: o exame de toque.

E estou perto deste momento... Este possível divisor de águas.

Estou pensando em como tornar esse momento único e menos traumático. Será que devo observar o dedo do médico? Ou devo partir do seguinte pensamento: Se estamos aqui, bota pra... de uma vez? Poderia, mas, seria tão... Tão insípido... Estou pensando em levar uma garrafa de vinho, um mp3player com minhas canções favoritas, algumas velas seriam interessante, como também, inserir algumas piadas novas no meu arsenal... Só para descontrair, com certeza ficarei nervoso naquela sala... Tudo branco, as paredes, as mesas, um cara que nunca vi na minha vida, olhando para minha ficha completamente alheio a minha presença ali diante dele... É frieza demais para meu gosto... Ele terá que sentar na minha frente antes de começar tudo, olhar nos meus olhos, fazer algumas perguntas, reparar no meu cabelo, no meu perfume e também, não quero nada de costas, quero tudo olhando nos olhos, por que não sei o que pode acontecer depois do primeiro toque, ainda mais levando em consideração que estou completamente solteiro... E aí dele se não me ligar no dia seguinte, vou naquele hospital e armo o maior barraco. Ainda mais levo em consideração que eu seria apenas mais um, quanto ele, será o único para mim... Como diria o grande filosofo Boça: “Ai meu, que mundo injusto”.

Mas, seriamente falando. Decidi abordar algo assim devido à importância de tal exame na saúde do homem, claro, não somente o exame de próstata, mas também os demais, é necessário visitarmos um médico periodicamente para não termos surpresas desagradáveis em um futuro distante ou não tão distante assim. Os índices de óbitos com este tipo de câncer vêm crescendo gradativamente no mundo inteiro e, é algo sem nexo, pois se descoberto no início, a doença pode ser combatida e vencida... Por isso, meus caros parceiros da idade da pedra, (ainda carregamos nossas claves... claro, agora um pouco menores e que, infelizmente param de funcionar com o tempo, mas graças ao grupo Pfizer, temos o Viagra), precisamos nos cuidar para podermos caminhar um pouco mais pela face da Terra, tentando mostrar que, somos o sexo forte... Por isso, não tenham medo de um exame como este, afinal de contas, um dia da caça e outro do caçador... Se é que me entenderam.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

ALGUMAS RAZÕES PARA NÃO PRATICAR SEXO

Não, você não leu errado, leu corretamente. Sei que o título é incoerente para os dias que vivemos, sendo que, tudo parece simplesmente acontecer num simples piscar de olhos. De repente você sai sem querer nada em uma noite de sábado e subitamente sua atenção é furtada por um gato ou uma gata que parece que esta lhe dando mole, então você cria coragem, chega junto e dá início aos ritos da conquista e, depois do primeiro beijo, sente aquele desejo subindo das regiões inferiores até sua cabeça, onde o juízo fora torrado completamente por culpa da fervura dos hormônios e do desejo.

Então, a mulher se entrega e o homem como não é nenhum “amigo do zorro” abraça sem pensar duas vezes, e, em seu interior começa a grande festa dos espermatozóides que finalmente serão expelidos de seu corpo de uma forma mais digna, afinal de contas, se você fosse um espermatozóide como iria preferir terminar seus dias de girino transparente? Opção A: No chão gelado do banheiro?, Opção B: Na porcelana fria de um vaso sanitário?, Opção C: Na mão do próprio carrasco como se você fosse um daqueles caçadores sádicos que gostam de ver suas presas agonizando antes do último suspiro?, Opção D: Em um lugar acolhedor, confortável, perfumado, quente e ao mesmo tempo úmido? Agora é com você, seja franco e me diga: Qual opção você escolheria, se fosse um pequeno e pobre espermatozóide?

Depois do galanteio masculino, sem qualquer segunda intenção, claro... Se alguém disser que o homem só pensa em sexo, esta completamente equivocado. Ele pensa em futebol, latinhas de cerveja e pensa também no por que o traseiro daquela moça que acabou de passar por ele é mais bonito do que o seu... Enfim, coisas que não devem ser verbalizadas, por que se não podem acabar com o clima perfeito para uma bela transa...

Então, vocês chegam no quarto e as atenções se voltam completamente para você, agora finalmente é a única. Sei que você não se importa com a concorrência, no entanto, posso dizer que pensa desta forma para não enlouquecer, pois você achou o traseiro daquela outra muito mais convidativo que o seu... Mas, preferimos pensar que somos os únicos, pois é justamente isso que sustenta um relacionamento, que somos Highlanders para o nosso parceiro...

As roupas começam a ser tiradas, isso mesmo, as roupas, as mesmas roupas que você demorou mais de uma hora para escolher, estão sendo tiradas e jogadas de qualquer jeito do lado, com certeza vão ficar amassadas e ninguém vai saber que estava no motel, mas com certeza sua cabeça vai lhe soprar isso, só para sentir-se culpada de alguma forma, por incrível que pareça nossos familiares sempre prestam atenção em nós quando deveriam nos ignorar como sempre fizeram... Só aqui, encontramos dois trabalhos, sem mencionar o vestir as roupas quando terminarem... Amor, você viu minha calcinha? Não sei... Tô procurando onde enfiei minha cueca... Devem estar juntos por ai em algum lugar. Isso que dá você ficar arrancando minha roupa e jogando por ai... Você parece um homem das cavernas!

Já tivemos o problema das roupas, depois que elas são jogadas completamente ignoradas, começa a outra parte da labuta... As famosas preliminares... E não pode ser daquelas preliminares que duram alguns míseros minutos, tem que ser daquelas intensas e cheias de desejo, como se você bebesse a mulher... Nisso, já vai uma meia hora no minimo, sem mencionar na câimbra que vai sentir na língua, isso mesmo, quem disse que não incomoda depois de algum tempo... Ainda mais se o parceiro esquecer que tem duas mãos e um cérebro que pode ser bem criativo...

As preliminares chegam no limite, agora, beijar, morder e apertar não são mais suficientes, é preciso preencher o corpo, conectar as almas, se doarem naquele momento único e devidamente preparado. Então o homem cobre a mulher e ela o sente desbravando seu ser como um bandeirante, e logo em seguida, o homem deixa o corpo pesar sobre o frágil corpo feminino e ela se sente esmagada contra o colchão que poderia ser um pouco mais fofo... Os lábios se unem, as línguas travam suas batalhas em um céu que não há nenhuma estrela e, logo depois, começam as flexões de braços, e lá esta o homem, fazendo suas flexões enquanto a mulher pratica seu contorcionismo. Os corpos começam a suar, a respiração começa a ofegar, o ritmo começa a aumentar, os corpos demonstram seus esforços com gemidos e lábios sendo mordiscados, os olhos nos fitam por alguns segundos antes de se fecharem... Então, sentimos algo emergindo das profundezas de nosso ser, algo forte, algo que se avoluma e parece prestes a explodir dentro de nós, e os movimentos aumentam, a mulher, no calor do momento, se rende a força invasiva masculina, força a própria elasticidade enquanto sente que seu corpo tornou-se um campo para gotas de suor emergirem de sua pele arrepiada e em êxtase... Até que, tudo se consuma e uma parte do homem retorna ao local de sua origem...

Sem forças, ele se deixa cair, ofegante, pesado sobre o corpo de sua parceira que o recebe com sua respiração ofegante e seu corpo completamente tremulo, o suor de ambos os corpos se fundem também e após um delicado beijo nos lábios (por que não há força para um beijo apaixonado agora) o homem rola para o lado e deita-se ao lado da parceira que, com esforço vira-se de lado e ainda consegue passar um braço sobre o peito de seu amado.

Então o sexo forte fica abatido, enquanto o frágil, encontra forças para alguns momentos de carinho e gratidão, sem mencionar que, se receber alguns beijos mais caprichados, dali cinco minutos esta pronta para outra, por isso digo: aquele que é gerado, nunca será mais forte do que aquele que tem a capacidade de gerar...

Nessa brincadeira, deve ter sido quase uma hora, envolvendo preliminares e os famosos finalmente, depois de uns trinta a quarenta minutos, o sexo forte esta pronto para mais uma investida e o ciclo se reinicia e só termina quando ele, mais uma vez, achando-se vencedor, porém vencido, se deixa deitar ao lado de sua paisagem e ali, espera mais um tempo para poder conseguir firmar as pernas.

Até o momento que não agüenta mais, então a mulher percebe e aconselha a deixar aquele lugar, para ir em outro onde podem apenas namorar, conversar, enfim dar um sentido a mais no relacionamento, para não ser apenas algo sexual... Imagine só você se casando com alguém que só lhe trará prazer ali na cama... Quando ficarem velhos e as coisas sucumbirem a gravidade da idade, o que farão? Comprarão motos e sairão por aí no melhor estilo Easy Rider, vivendo todas as emoções possíveis para esquecer aquelas que os uniram em todos os demais momentos?

É preciso dar outros sentidos para as pessoas que amamos, pois chega uma hora, que nossos corpos não agüentarão mais as flexões de braço e a respiração ofegante, mesmo com o Viagra, afinal de contas, ele pode fazer o morto ressuscitar, mas pode fazer também o vivo em seu leito finalmente se deitar...

Sexo é bom, mas você a de convir comigo, homem e mulher, é quase uma olimpíada, precisamos dar o nosso melhor para manter a tocha acesa, ou simplesmente em pé.