sábado, 27 de abril de 2013

MANUAL BÁSICO DE COMO COLETAR DEJETOS PARA EXAMES

                O que estou prestes a escrever aconteceu com um amigo, não vou revelar seu nome para evitar constrangimentos. E, caso se preocupem com o fato de eu estar revelando detalhes sórdidos de algo que seria melhor ficar na escuridão do silêncio. Não precisam se preocupar pois meu amigo permitiu que escrevesse.
                Estávamos conversando sobre os avanços da tecnologia e também da precariedade da coleta do exame de fezes. Achamos incrível e concordamos plenamente que alguém deveria inventar um método de extração da matéria prima. Então, inventores e mentes iluminadas, ai está a dica para vocês, isso com certeza revolucionará o nosso século.
                Mas, como ninguém inventou, meu amigo começou a me contar (sem eu pedir) como faria a coleta. Disse que sentaria no vaso e depois de fazer, retiraria o material com precisão médica para não tocar. Sem pensar duas vezes, comecei a rir e chamei de “amigo do Zorro”. Disse: Meu, você está louco? A aguinha que fica lá embaixo é cheia de bactérias... Vai alterar sua matéria prima! Ele perguntou: Meu! Então como tenho que fazer para recolher o negócio lá? E foi essa pergunta que inspirou essa nova postagem. Vamos lá então?
                Existem alguns métodos desenvolvidos por mentes inventivas de como recolher matéria prima para fazer o exame de fezes. Vamos conhecer algumas.
                A primeira super dica foi mencionada pela ilustríssima noiva de um amigo meu e você só vai precisar de um jornal e de uma camisa, pano de prato ou qualquer pano que estiver ao seu alcance.
                Com a folha de jornal, forre o chão, (de preferencia para as páginas duplas, além de ser maiores, será mais fácil para unir as pontas e se desfazer da merda toda). Com o chão forrado, dê uma sentada no trono só para inspirar o intestino a liberar a massa. Assim que sentir a cabeça da tartaruga saindo, agache-se no jornal e pense em qualquer coisa, menos em como você deve estar ridículo ali, de cócoras. Saiu a cabeça, use sua força muscular para cortar um pedaço, assim que ele cair, volte para o vaso e termine o serviço.
                Vamos pensar que tudo deu certo, que só saiu o suficiente para recolher e que não saiu tudo de uma vez por causa da posição que se encontrava. Você terminou o serviço no vaso, deu descarga e agora, pegue a camisa enrole no rosto deixando apenas os olhos a mostra, abaixe-se diante do jornal e retire a quantidade necessária, logo em seguida, enrole o jornal e pronto. Jogue no lixo e antes de tirar o pano da boca, espalhe a gosto bom ar pelo banheiro.
                Para o segundo método, você precisará de uma garrafa de dois litros de Pepsi, de uma faca de serra cabo branco da Tramontina, um pano qualquer (camisa suja é melhor ainda, você verá que cheiro de suor é bem melhor), uma colher de plástico de Açai e uma sacola de plástico. Vamos preparar o campo: Pegue a garrafa de dois litros e a faca Tramontina de cabo branco, corte o fundo da garrafa em um lugar distante (se alguém ouvir com certeza o curioso vai perguntar para que esta fazendo aquilo). Com o fundo da garrafa cortada, lave-a bem e depois seque-a da mesma maneira. Deixe a faca na pia para sua mulher lavar e corra furtivamente para o banheiro com os demais objetos.
                Abaixe a calça sentido sul, sente-se e fique com o fundo da garrafa nas mãos, quando sentir a pontinha nascendo, aproxime pela parte de trás com o acessório que tem na mão. Cuidado, não encoste nas bandas, por estar em um momento único, qualquer alteração no ambiente pode fazer o bichinho voltar para dentro. Tente encaixá-lo sem relar e, assim que conseguir, deixe sair um pouquinho e corte-o com suas forças.
                Ele caíra no potinho improvisado. Coloque o pote com a matéria prima ao lado (não coloque na sua frente, pois ficará olhando para ela enquanto termina, e, meu amigo confessou que não é agradável tal visão). Enquanto termina amarre a camisa, limpe o “butico” direitinho (homens para cima e mulheres para cima também), dê descarga, levante as calças e abaixe-se diante de sua obra prima.
                Abra a latinha e faça a transferência utilizando a colherzinha que vem quando se compra Açai. Dê uma atenção especial para esse último acessório com ele não corre o risco de enfiar o dedo na merda, ops, na matéria prima.
                Transferiu com sucesso? Tampe a latinha, enfie o restante na sacola, enrole bem, saia do banheiro correndo e leve os restos para a lixeira mais distante da casa, tire a camisa e pronto. Você recolheu seu exame de uma maneira simples e eficaz.
                Guarde-o em sua geladeira e no dia marcado, leve seu troféu para o hospital que solicitou tal exame. Ao entregar, esse episódio em breve sairá de sua mente. Infelizmente, para o meu amigasso, o da noiva, o pesadelo não terminou. Fica aqui outra dica, guarde-o você mesmo na geladeira, de sua casa de preferência, caso sua noiva ou namorada guardar na geladeira da mãe, tome cuidado, ela pode ficar constrangida com a situação e, colocar a latinha em um lugar tão escondido que nem mesmo você conseguirá encontrar depois.
                Esta aí algumas dicas de alguns amigos que tiveram que passar por isso. Espero que ajude algumas pessoas que não sabem muito a respeito de como proceder com o recolhimento para tal exame da época das cavernas.

terça-feira, 16 de abril de 2013

ALGUMAS COISAS DEVERIAM SE MODERNIZAR


Outro dia estava vendo em um noticiário a respeito de uma cirurgia mais que ousada. Digo mais que ousada pelo fato do médico estar em um lugar e o paciente em outro completamente diferente. Isso mesmo que você leu, não houve contato algum entre o médico e o paciente. Não, o paciente não portava nenhuma doença terrivelmente contagiosa, os cientistas só estavam testando máquinas precisas guiadas por computadores e através da internet para fazer cirurgias.

Achei incrível e me vi desejando que, tal modernidade, crescesse tanto quanto a internet. Já pensou daqui há alguns anos? Os pacientes que precisarem de uma cirurgia no exterior, não precisarão sair de seus países para salvarem suas vidas, vão depender apenas de um ótimo computador e de uma ótima conexão.

E falando em conexão... Vocês já pararam para pensar o quanto cresceu a rede de computadores em tão pouco tempo? Hoje é uma importante ferramenta de trabalho, lazer e de amigos. Quem poderia imaginar que o mundo se tornaria menor do que já é? Lembro de minha época de escola, onde tinha que pegar um ônibus para ir a biblioteca, copiar ou xerocar páginas e mais páginas para fazer um trabalho escolar.

Atualmente, basta pesquisar no Google e pronto, seu trabalho escolar já está feito (não basta copiar ou imprimir os textos é preciso ler para aprender, até os professores usam o Google também). Costumo dizer que o Aurélio, meu amado dicionário de bolso, que já não sei mais por onde anda, é o Avô dos burros, pois hoje em dia, o papel de pai dos burros é representado pelo Google.

Ele seria como o Oráculo de Apolo da atualidade, ou melhor, como as Bruxas Estigeanas. Tudo o que precisar saber, qualquer  duvida, basta perguntar ao Google. E olha que são feitas cada pesquisa que pelo amor viu... São diversos assuntos, de perguntas extremamente filosóficas até “como posso saber se sou gay?”.

Ah, esse fantástico mundo cibernético! Me recordo, de há muitos anos atrás, em uma excursão escolar, ter visitado a Estação Ciência no bairro da Lapa. Lá existia uma máquina, com teclado e uma tela verde, parecia um fliperama. Havia uma fila imensa de crianças para usá-la. Curioso, parei para descobrir o que chamava atenção de tanta gente. Quando chegou minha vez de testá-la, notei que aquela máquina permitia conversar com outras pessoas que possuíam um computador em casa.

Para um garoto de vida simples, aquilo pareceu o final do mundo, eu poderia jurar que o armagedon estava para acontecer. Dito e feito, quando acabou  meu tempo, não queria desgrudar magnifica invenção. Foi preciso que o professor viesse e me arrancasse de lá.    Fazer o quê? É a vida... Mal sabia eu, naquela época, que estaria sentado em minha casa, com um notebook, acesso à internet banda larga, com Facebook, Youtube e minha noiva ao lado assistindo um anime enquanto come a sopa que preparei... Ela diz que está deliciosa, infelizmente, não posso provar...

Não posso provar por que tenho que fazer um exame amanhã. Ou melhor, vários exames. Um deles, infelizmente, é o de fezes. Estou escrevendo tudo isso, pois acabei de vir do banheiro e, sinceramente, foi muito constrangedor. Acreditam que ir escondido, pois queriam até filmar a cena. O motivo deste novo post é justamente para isso, para contar sobre meu constrangimento.

Aí você para e se pergunta: mas o que tem a ver o cu com a internet? E eu respondo: tudo. Meu, inventaram uma forma de operar uma pessoa lá nos cafundós do Judas. É possível ver a birosca da Terra pelo Google Earth. Podemos ver fotos aéreas de muitos lugares que já foram mapeados. Podemos fazer parte de uma rede social e ter um milhão de amigos. Podemos ter todas as respostas do mundo em um só clique (menos como ganhar dinheiro sem fazer nada).

E te pergunto: com tantas coisas assim, como ninguém, até hoje, decidiu modernizar a coleta de dejetos humanos para exames? Será que sou só eu que acho terrivelmente desagradável enfiar uma pazinha na merda e depois coloca-la em um recipiente que mais parece uma chupeta?